Um dos prejuízos é a restrição comportamental e as estereotipias no autismo, sendo que a partir deles em conjunto com dificuldades de interação social se realiza o diagnóstico de TEA.

Esse prejuízo acima de tudo, se manifesta de dois modos:
a) presença de comportamentos verbais e motores estereotipados. Eles são acompanhados ou não de comportamentos sensoriais modificados e incomuns;
b) padronização exagerada de rotina. Confirmada sobretudo pela dificuldade de lidar com mudanças temporais e espaciais no ambiente em que vive. A estrutura autista se volta e se fixa em determinadas atividades e experiências de maneira exagerada.

Primeiro de tudo é importante entender que há duas grandes motivações que tornam as estereotipias uma constante no repertório comportamental da estrutura autista, vamos a elas.

1. A estrutura autista tem dificuldade de aprender comportamentos sociais e verbais. Nesse caso portanto, ela apresentará naturalmente um repertório muito restrito de ação sobre o mundo.
2. A segunda motivação é a alteração sensorial. As crianças autistas apresentam alterações orgânicas que afetam a percepção e a interpretação de estímulos sensoriais. Assim, é muito normal que informações do mundo exterior afetem sua existência exageradamente, gerando altíssimo prazer ou grande aversão

Estratégias para combater as estereotipias no autismo

A luta contra as estereotipias é uma guerra entre dois mundos: o interno e o externo.

Assim o interno se refere a ao corpo da criança, ou seja, os prazeres que ela sente ao vivenciar sua própria experiência.

E há tambem o externo e as condições exteriores como o ambiente social, escolar e familiar onde ela está inserida.

Nesta batalha, entretanto o mundo exterior já entra perdendo. Isso porque a luta é contra reforçadores muito potentes e sobre o qual não temos nenhum controle.

Assim, torna-se necessário trazer a criança para o mundo exterior. De forma a criar situações de contato efetivo através do esforço de conectar sua
linguagem com aquela do mundo.

É necessário sobretudo, tornar as coisas exteriores mais atrativas.

Trata-se, portanto, de buscar estratégias de motivação baseada em estímulos positivos à própria condição da criança. De forma a buscar que ela se interesse pela sua capacidade de construir novas habilidade.

Ao lado disso, é necessário preencher o tempo da criança com muitas atividades de caráter extremamente variado.

Trata-se, de uma estratégia que neutralizará, até certo ponto, a possibilidade de retorno do comportamento repetitivo. Isso acontece pela variação do próprio ambiente e daquilo que oferecido a criança autista.

O mais importante é conhecer o máximo possível sobre a estrutura de funcionamento de quem se encontra dentro do espectro.

Se desconfia que alguém que conheça tem restrição comportamental e estereotipias não hesite em procurar profissionais capacitados.

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